sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Os Benefícios da Dieta Mediterrânea

A dieta mediterrânea, ou dieta do mediterrâneo, refere-se aos hábitos alimentares de povos dos países banhados pelo mar mediterrâneo, dentre eles Itália, Grécia, Iugoslávia, Egito, Líbia, Marrocos e Turquia. Nesses países, o padrão alimentar é composto, basicamente, pela abundância de frutas, hortaliças, nozes, leguminosas e cereais integrais, pelo consumo de peixes e aves, menor quantidade de carnes vermelhas e pela ingestão de pequena quantidade de vinho tinto após as refeições. Além disso, a principal fonte de gorduras é o azeite de oliva extra-virgem.
Segundo um relatório publicado no British Journal of Cancer, a dieta mediterrânea pode reduzir entre 12% e 24% o risco de um indivíduo desenvolver câncer. De acordo a professora Eliane Lopes Rosado, do Instituto de Nutrição Josué de Castro (INJC), da UFRJ, quando seguida corretamente, a dieta contribui para a prevenção e o tratamento de doenças cardiovasculares, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemias, cardiopatias e certos tipos de câncer. “Este fato se deve principalmente à presença de alto conteúdo de fibras e melhor qualidade lipídica – devido ao uso do azeite de oliva e peixes –, além dos efeitos benéficos do vinho tinto", explica a nutricionista e pesquisadora.
A dieta do mediterrâneo apresenta alto conteúdo de fibras, o que ajuda a controlar as concentrações de glicose e lipídios sangüíneos. Por sua vez, o ômega 3 contido no peixe e os lipídios monoinsaturados presentes no azeite de oliva contribuem para a redução do "mau" colesterol (LDL-colesterol) e o aumento do "bom" colesterol (HDL-colesterol).
Os benefícios da dieta são tantos que, no último dia 30 de setembro, representantes dos governos da Espanha, Grécia, Itália e Marrocos apresentaram à UNESCO um documento em que propõem o reconhecimento da dieta como Patrimônio Cultural da Humanidade. A medida pretende não apenas preservar esse tipo de alimentação, como também difundi-lo entre as nações.

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