segunda-feira, 17 de novembro de 2014

O GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA 2014

No dia 5 de novembro foi lançado o novo Guia Alimentar para a População Brasileira pelo Ministério da Saúde. 

O QUEVOCÊ ENCONTRA NESTE GUIA
O capítulo 1 descreve os princípios que nortearam sua elaboração. 
O capítulo 2 enuncia recomendações gerais sobre a escolha de alimentos. Estas recomendações, consistentes com os princípios orientadores deste guia, propõem que alimentos in natura ( carnes, legumes, frutas) ou minimamente processados ( arroz, feijão, lentilha ), em grande variedade e predominantemente de origem vegetal, sejam a base da alimentação e evitar os ultraprocessados ( como salgadinhos, bolachinhas, macarrão instantâneo, sucos industrializados e refrigerantes)
O capítulo 3 traz orientações sobre como combinar alimentos na forma de refeições. 
O capítulo 4 traz orientações sobre o ato de comer e a comensalidade, abordando as circunstâncias – tempo e foco, espaço e companhia – que influenciam o aproveitamento dos alimentos e o prazer proporcionado pela alimentação.
O capítulo 5 examina fatores que podem ser obstáculos para a adesão das pessoas às recomendações deste guia – informação, oferta, custo, habilidades culinárias, tempo e publicidade
As recomendações  do  guia são sintetizadas  em  “Dez Passos para uma Alimentação Adequada e Saudável”:
1- A base da alimentação deve ser com alimentos in natura ou minimamente processados;
2- O sal, o açúcar, os óleos e as gorduras em geral devem ser utilizados em pequenas quantidades e apenas para  temperar, cozinhar alimentos e nas preparações culinárias;
3- Limitar o consumo de alimentos processados ( bolachas, salgadinhos, etc)
4-Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados ( fast food, doçuras, sorvetes);
5- Fazer refeições regulares, em ambiente adequado e se possível com companhia;
6- Comprar em locais que ofereçam alimentos orgânicos e  frescos;
7- Cozinhar em casa e desenvolver habilidades culinárias;                        
8- Planejar o tempo para fazer as refeições com calma;
9- Nas refeições fora de casa, priorizar locais que ofereçam alimentos preparados na hora;
10-  Avaliar  informações, orientações e  mensagens a respeito de alimentação veiculadas em propagandas comercias e fontes duvidosas;

O download do guia está disponível em http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.phpconteudo=publicacoes/guia_alimentar2014

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Um risco oculto: leite materno contaminado com metais tóxicos

A amamentação estabelece um  vínculo entre a mãe e seu recém-nascido. O leite materno passa anticorpos  e contribui para o  bem-estar psicológico do bebê, no entanto, ele também pode prejudicar algumas crianças, se estiver contaminado com metais tóxicos.
Um novo estudo realizado por S. Allen Counter, professor clínico de neurologia e diretor da Fundação Harvard, mostra que altos níveis de chumbo, assim como outros metais tóxicos, como mercúrio e cádmio, pode passar da mãe para filho através do leite materno. O estudo é descrito em um artigo publicado neste mês no Journal of Toxicology and Environmental Health.
O mais grave  é que as gestantes, mesmo em países desenvolvidos,  não conhecem sobre os  riscos  dos metais tóxicos, especialmente o chumbo, que  é absorvido nos  ossos e que  durante a gravidez migra para o útero , o qual passa para o  feto e acumula-se também  no leite materno de maneira  que a quantidade de chumbo no leite da mãe é essencialmente igual a encontrada no sangue .
Como parte do estudo, os pesquisadores  coletaram amostras de leite de cerca de 24  mães  na comunidade de índios quíchuas da América do Sul, e enviou-as para os Estados Unidos para testes. Os resultados, segundo eles, foram surpreendentes. 
Nos Estados Unidos, as mulheres apresentam geralmente níveis de chumbo entre 2,2 e 2,4 microgramas por litro de leite. Na América do Sul, os investigadores encontraram uma mulher andina Quechua com 49 microgramas por litro, e seu lactente tinha um nível de chumbo no sangue de 107 microgramas por litro, ou seja, mais de 20 vezes acima do nível de risco do CDC que é de 5 microgramas por litro.
O Dr. Counter em suas visitas às aldeias examinou também como níveis elevados de chumbo afetavam os níveis cognitivos da população e  observou , ainda que, muitas crianças ao cumprimentá-lo ,sorriam, e seus dentes eram escuros, quase pretos, porque  absorveram muito chumbo.
As principais vias de exposição ao chumbo são  oral, inalatória e cutânea. As fontes de contaminação são : água, bateria para veículos, uso de porcelana esmaltada e pintada, utensílios de PVC, plásticos, borrachas, soldas, fabricação caseira de chumbadas de pesca e cartuchos; tinturas de cabelo, tintas de brinquedos e de parede,mamadeiras de vidro, alimentos enlatados,agrotóxicos, emissões industriais e cosméticos.
Sabe-se hoje que o chumbo afeta múltiplos órgãos e tecidos, principalmente cérebro, ossos, fígado, rins, testículos, esperma, sistema imunológico e pulmões. Em crianças, à medida que aumenta o grau de contaminação agravam-se os sintomas: dificuldades de aprendizagem e atenção, apatia, dores de cabeça e convulsões, diminuição de QI, perda de audição, comportamento agressivo, retardamento mental e no crescimento , dores abdominais e nas articulações, nefropatia, anemia e outras. 
Em adultos, são relatados na literatura médica, progressivamente: hipertensão, desordens do sistema nervoso, perda de memória, irritabilidade, dores de cabeça, encefalopatia, esterilidade e impotência, nefropatia, anemia e diminuição da longevidade.

http://news.harvard.edu

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A Nutrição dos novos tempos

Se eu conhecer exatamente o alimento que preciso consumir para "nutrir" o meu DNA e prevenir doenças? se eu tomar  um polivitamínico específico para as minhas deficiências programadas pelo meu patrimônio genético? E se eu souber que preciso comer couve e não agrião para melhorar meu sistema antioxidante?

A  nutrigenômica e a nutrigenética podem  oferecer as respostas. Elas  são áreas científicas estudadas quando o assunto é a relação entre alimentação, genética e genoma .
O conhecimento da comunicação entre os genes e os compostos dos alimentos, como os nutrientes e os compostos bioativos possibilitou o surgimento destas duas novas ciências. Portanto, o entendimento sobre como os nutrientes afetam o balanço entre a saúde e  a doença pela alteração da expressão e/ou da estrutura do mapa genético individual, torna-se indispensável .
 O termo nutrigenômica ou genômica nutricional se refere ao estudo de como tais compostos presentes nos alimentos atuam na modulação da expressão gênica, enquanto o propósito da nutrigenética  é criar uma recomendação que possa apresentar os riscos e os benefícios do consumo de dietas específicas ou componentes dietéticos para cada indivíduo
O sequenciamento do genoma humano e outros mapeamentos posteriores mostraram que somos cerca de 0,5% diferentes uns dos outros do ponto de vista genético. Não é difícil  observar que os benefícios e malefícios da ingestão de alimentos não são iguais para todos. É a singularidade biológica que faz com que as substâncias tenham efeitos variados em cada pessoa. É o caso de indivíduos que fazem  a mesma dieta, que funciona muito bem para alguns e não apresenta os mesmos resultados  para   outros.
Os hábitos alimentares podem desencadear alterações químicas que afetam a expressão do DNA, podendo até silenciar os genes ou ativá-los. Essas mudanças não alteram apenas o sequenciamento genético, mas em muitos casos podem ser transmitidas às gerações seguintes.
Num  futuro próximo, quando você consultar um profissional da área nutricional, deverá apresentar o seu mapa genético. Imagine, então, o quanto precisos e eficazes serão os diagnósticos e os tratamentos propostos por esses especialistas, depois de ter checado, nesse documento, como o seu metabolismo e todo o seu organismo respondem, exatamente, a cada nutriente ingerido.Munidos desses dados, eles poderão prescrever uma dieta exclusiva, para você adequar o peso, ser mais ativo nas tarefas do dia a dia e ainda, levando em consideração a prevenção de desenvolver certas doenças.

Resumindo,  a alimentação é muito além das calorias e lembrando Hipocrates há 2500 anos  “Que o alimento seja seu remédio, e o remédio sua comida”.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

World Food Day 2014 - Family Farming

             






FAO- Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura

The 2014 World Food Day theme - Family Farming: “Feeding the world, caring for the earth” - has been chosen to raise the profile of family farming and smallholder farmers. It focuses world attention on the significant role of family farming in eradicating hunger and poverty, providing food security and nutrition, improving livelihoods, managing natural resources, protecting the environment, and achieving sustainable development, in particular in rural areas.
The UN General Assembly has designated 2014 “International Year of Family Farming.” This is a strong signal that the international community recognizes the important contribution of family farmers to world food security.

O Dia Mundial da alimentação 2014 tem como tema “ A importância e a  contribuição da Agricultura Familiar para a segurança alimentar mundial”.
O tema  tem  sido aplaudida por  todos segmentos  preocupados  com os riscos dos agrotóxicos à saúde e ao meio ambiente.

Alimentos saudáveis e vivos são a energia das  mitocôndrias. 
Pense nas suas escolhas!!!

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Fitoquimicos : proteção contra o câncer

O INCA ( Instituto Nacional do Câncer) estima cerca de 580 mil casos novos decâncer para 2014.

Segundo o Ministério da Saúde, os cânceres mais incidentes na população brasileira são: pele não melanoma (182 mil), próstata (69 mil); mama (57 mil); cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil) e estômago (20 mil).
As  estatísticas  mostram que  região Sul lidera os seguintes  gêneros de cânceres:

Homens:
- Próstata (91 casos a cada 100 mil hab);
- Pulmão  (34 casos para cada 100 mil hab);
- Estômago  (16 casos/100 mil hab);
Mulheres:
- Mama (71 casos/100 mil hab);
- Pulmão (21 casos/100 mil hab); 
- Tireóide (16 casos novos por 100 mil hab);
Muitos componentes da alimentação têm sido associados com o processo de desenvolvimento do câncer, principalmente de mama, cólon (intestino grosso) reto, próstata, esôfago e estômago.
A alimentação  pode contribuir  no desenvolvimento do câncer por meio de duas vias principais: 
A primeira, pelo excesso de ingestão de alimentos com componentes indutores de alterações celulares que levam ao câncer como: gorduras saturadas, alimentos industrializados, farináceos, açúcares altamente refinados e com alto índice glicêmico, nitritos e nitratos ( conservantes de embutidos e enlatados), cozimento de alimentos em altas temperaturas.A segunda via é pela falta de
alimentos (frutas, hortaliças e legumes) que impedem o desenvolvimento de alterações celulares precursoras do câncer.
Algumas categorias de alimentos  contém fibras, vitaminas, minerais e um grande número de compostos chamados de fitoquímicos.
Os fitoquímicos são compostos agrupados em famílias químicas (polifenóis, terpenos, compostos sulforados e saponinas) subdivididas em classes (flavonóides, ácidos fenólicos, carotenóides, etc.) e em subclasses (isoflavona, taninos, antocianidinas, etc.) Estes compostos atuam como anticancerígenos por meio de vários mecanismos de ação.
Os principais alimentos que oferecem proteção contra o câncer são:



CATEGORIA
ALIMENTOS
FITOQUIMICOS
CRUCÍFERAS
Repolho, brócolis, couve-flor, couve-verde, mostarda, couve-de-bruxelas, couve chinesa, rabanete, agrião, nabo
GLICOSINOLATOS E ISOTIOCIANATOS
ALLIUM
Alho, cebola, alho-poró, cebolinha
COMPOSTOS  SULFORADOS
SOJA
Grãos, molho, tofu e outros
ISOFLAVONA E GENISTEÍNA
CURCUMA LONGA
Cúrcuma (tempero)
CURCUMINA
FRUTAS VERMELHAS
Mirtilo, amora, framboesa, morango
ÁCIDO ELÁGICO E ANTOCIANIDINAS
LIGNANAS
Nozes, linhaça
ÁCIDO ELÁGICO E ESTERÓIDES
PEIXES
Sardinha, salmão, arenque, truta, atum
OMEGA 3
CAROTENÓIDES
Limão, laranja, tangerina, abóbora, tomate, melancia
NARINGENÍNA, LICOPENO, LUTEINA
VINHO
Vinho tinto, suco de uva integral
POLIFENÓIS (resveratrol)
CACAU , CHÁ
Chocolate amargo (70%),chá verde, chá preto
POLIFENÓIS (catequinas)

Procure incluir diariamente na alimentação  os alimentos mencionados.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

O café da manhã em diversos paises

Há um ditado que diz: "Tome café da manhã como um rei, almoce como um príncipe e jante como um mendigo". Com esta frase simples, procura-se deixar claro que o café da manhã é uma das refeições mais importantes do dia.
 Acesse http://9gag.com/gag/aVQWwG2 e confira  o café da manhã em trinta e um países.
Observamos as influências culturais na composição da refeição, nem sempre obedecendo as regras saudáveis.
As curiosidades são para " Mongólia,Tailândia e China".
O café da manhã na Inglaterra é praticamente um almoço ou jantar.
Os mais saudáveis  seriam "Japão, Filipinas, Turquia".
A imagem ao lado mostra o hábito brasileiro, contendo  presunto, queijos branco e amarelo,pão, geléia e a manteiga.
Acho que faltou o tradicional café com leite, presente em quase todas regiões.
Como é o seu café da manhã?

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Saúde e a Nutrição mundial - um jogo de poder

O pesquisador americano, Michael Pollan, professor na Universidade de Berkeley, autor de livros como "Em Defesa da Comida", explica porque nossa dieta mudou tanto nos últimos 100 anos.

Assista os videos sobre o assunto:
GLOBOTV.GLOBO.COM












quinta-feira, 17 de julho de 2014

Bebidas sem lactose

 BioV é uma bebida  que traz todos os benefícios do arroz e da aveia orgânicos prontos para beber. É mais uma opção para intolerantes à lactose , alérgicos à proteína do leite e para quem deseja alimentos mais leves.
O BioV está disponível nas versões líquidas de Arroz Original, Arroz com Amêndoas / Aveia  e agora também na versão pó de Arroz Original.

 Achei  interessante a apresentação em pó pela praticidade . O produto é a base de arroz orgânico adicionado de cálcio, é isento de  lactose e de glúten, com acréscimo da fibra solúvel inulina ( prebiótico importante ao intestino) e  sem adição de açúcares, contendo apenas os açúcares próprios dos ingredientes. BioV Arroz+Ca em pó  rende  2 litros e é de fácil diluição.
A bebida pode ser consumida  pura ou misturada com frutas, mel, cereais, cacau em pó ou no preparo de sobremesas, bolos entre outros. Experimente!!www.jasmine.com.br

A batata yacon na alimentação

A batata yacon (Smallanthus sonchifolius) é uma raiz tuberosa originária da Cordilheira dos Andes, consumida pelos incas há milhares de anos.Ela apresenta elevado teor de água, reduzido valor energético e costuma ser comparada a frutas como maçã e pêra, devido ao gosto doce e polpa crocante.
 O yacon tem como principal carboidrato de reserva o frutooligossacarídeo (FOS), um frutano do tipo inulina, com ligações do tipo  β, considerado como fibra solúvel devido a sua estrutura química ser um polímero de frutose com uma glicose em sua extremidade.
O mineral mais abundante é o potássio, e em menores quantidades são encontrados cálcio, fósforo, magnésio, sódio, ferro, zinco, manganês e cobre. E não possui grande quantidade de lipídios (gordura).
Os benefícios deste tubérculo estão na regulação do intestino , pelo aumento no crescimento e na atividade das bactérias intestinais, prevenindo várias doenças intestinais e reduzindo a absorção de glicose pelo organismo, controlando assim a glicemia sanguínea, ajudando no tratamento e na prevenção do diabetes.
Por aumentar a sensação de saciedade, pode ser utilizada por pessoas que possuem objetivo de emagrecimento. Pouco calórica, possui fibras que fazem com que a pessoa demore mais tempo para sentir fome novamente.
A batata yacon deve ser consumida crua, como fruta ou adicionada em sucos, salada de frutas e outras receitas. Também encontramos  o yacon em pó, que pode ser usado para adoçar bebidas em geral, sucos, leite, bolos, chá e salada de frutas, etc.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

O poder viciante do glúten

 No Congresso Internacional de Nutrição Especializada e Expo sem Glúten (COINE) de 2014, a nutróloga e médica Elizabeth Ayoub abordou um assunto que intriga a muitos : " a grande necessidade de comer farináceos".
" Eu percebia que alguns pacientes tinham certas compulsões alimentares, e resolvi investigar" diz  Elizabeth.
Ela  explica  que, para o organismo, estar frente a frente com uma fera (tigre,leão); ou ingerir um alimento que possui propriedades inflamatórias, como o glúten; ou mesmo se sentir excessivamente pressionado por qualquer problema cotidiano, não faz diferença. O corpo encara ambas as situações como perigos iminentes e se prepara para fugir ou lutar, liberando adrenalina. 
Como a rotina das pessoas geralmente é estressante, é provável que muitas pessoas tenham a digestão prejudicada, favorecendo a produção desses opióides, ou seja, alguns alimentos como leite, trigo, ovos, café e soja produzem, por meio da digestão, peptídeos semelhantes ao ópio e esses alimentos passam pela digestão enzimática, que se estiver prejudicada, aumenta a chance de produção desses peptídeos. Isso gera uma busca eterna por prazer e compensação por meio da comida.
Confira no vídeo a explicação sobre o mecanismo viciante desses alimentos.

                                            fonte: youtube

Alguns alimentos que contêm glúten:

Pães, massas, tortas,cucas, farinha para preparo de bolo, massas, biscoitos, pizzas, panquecas, nhoque, lasanha, salame, salsicha,salgadinhos, alimentos empanados, waffles, cereais matinais, sopas prontas, cerveja, doces, molhos de soja e outros molhos para saladas. 













sexta-feira, 4 de julho de 2014

Sabor Umami e Glutamato Monossódico

Umami é a derivação da palavra japonesa umami, cujos ideogramas significam: umai (gostoso) e mi (sabor).Este novo gosto descreve a sensação provocada pelo glutamato, substância decorrente do aminoácido ácido glutâmico e os receptores da língua.
O primeiro contato que temos com o umami é ao nascer, através do leite materno. Várias pesquisas revelam que o bebê nasce com papilas gustativas apenas para o doce e para o umami, os demais gostos são percebidos conforme a criança se desenvolve.
 Algumas pessoas chamam isso do quinto sabor, pois não é distintamente doce, azedo , amargo, salgado.É um sabor único independente e parece melhorar o sabor dos alimentos, tornando outros sabores mais ricos e mais intensos.
O sabor umami aparece naturalmente em alimentos como tomates, carne de porco, camarão, cogumelos, queijos, milho, brócolis, aspargos e outros.
A descoberta do umami foi inicialmente em 1908 pelo  pesquisador Kikunae Ikeda da Universidade Imperial de Tóquio. Ikeda estava pesquisando o sabor único do caldo de algas quando  isolou um composto distinto que ele identificou como meio-salgado, uma vez que não se encaixava com os outros quatro gostos básicos conhecidos. Em última análise, ele conseguiu separar um pó branco como uma estrutura cristalina, o que veio a ser conhecido como  glutamato monossódico . A indústria aproveitou esta descoberta para incorporá-lo nos produtos alimentícios  e aguçar o paladar do consumidor.

O glutamato monossódico é um dos aditivos mais usados atualmente.Este composto trata-se do sal sódico do ácido glutâmico, um aminoácido não–essencial amplamente encontrado na natureza e utilizado como realçador de sabor, capaz de oferecer um gosto diferenciado aos alimentos.

O glutamato é considerado uma excitotoxina, pois ele superestimula as células nervosas, e, é fisiologicamente utilizado como neurotransmissor. O consumo diário ou frequente desta substância encontrada cada dia mais facilmente, tem sido associado à certas doenças como dificuldade de aprendizado, hiperatividade, enxaquecas, alergias, alteração no peso e problemas digestivos mais graves.
Cuidado com alimentos prontos congelados,caldos e temperos  industrializados, sopas  e massas instantâneas, embutidos,biscoitos recheados, salgadinhos, bebidas em embalagem tetra pak , etc.
Também preste atenção pois o glutamato monossódico muitas vezes é encontrado nas embalagens sob outra denominação : ácido glutâmico, proteína vegetal hidrolisada, proteína hidrolisada, extrato de proteína vegetal, caseinato de sódio, caseinato de cálcio, extrato de levedura, proteína texturizada e muitas outras.
 Por isso, vale a pena criar o hábito de ler o rótulo dos produtos, assim poderemos identificar e passar a conhecer não só este aditivo, propiciando ao consumidot fazer escolhas mais saudáveis.

Use e abuse dos temperos naturais encontrados  na horta  e alimentos orgânicos.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Obeso saudável. Cuidado!!

O individuo obeso, com pressão arterial normal, níveis normais de colesterol e de glicemia, apresenta risco aumentado de arterioscleroses coronariana subclínica.Esta foi a conclusão do trabalho realizado com 14.828 pacientes e publicado no dia 30  de abril no Journal of the American College of Cardiology.
A pesquisa foi realizada com adultos coreanos  entre 30 a 59 anos  sem sintomas ou diagnóstico de doenças cardiovasculares, que foram submetidos ao Escore de Calcio.
O autor da pesquisa, Dr. Yoosoo Chang, professor Kangbuk Samsung Hospital em Seul, alerta que os dados metabólicos normais encontrados em obesos podem não ser parâmetros seguros.
Leia o artigo completo.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

o que saber na escolha do peixe

Com a proximidade da Páscoa o consumo de peixes aumenta.
Os peixes são grandes fontes de proteínas, sendo essas de alto valor biológico. Também possuem em sua composição várias vitaminas, minerais, gorduras boas e benéficas à saúde.

As vitaminas presentes são as do complexo B, em quantidades satisfatórias às necessidades do organismo. E nos peixes gordos, encontramos também as vitaminas A e D.
Os minerais como cálcio, ferro, fósforo, manganês e zinco são encontrados em todas espécies. O Iodo está mais presente nos peixes marinhos; enquanto que nos tipos consumidos com suas espinhas, como a sardinha, a quantidade de cálcio é ainda maior.

A gordura presente nos peixes é considerada saudável pela presença dos ácidos graxos essenciais (ou seja, aqueles que o corpo não produz, logo só podem ser adquiridos através da alimentação) como o Ômega 3 encontrado em peixes de águas geladas como o salmão, sardinha e outros. O ômega 3 atua na prevenção de doenças cardiovasculares e é essencial ao bom funcionamento cerebral. 

A escolha do peixe
Além do modo de preparo, existem outros cuidados a serem observados  no que se refere ao consumo de peixes. Um dos problemas é o nível de mercúrio que pode existir na carne dos pescados. Esse metal é prejudicial  ao sistema nervoso e ao fígado.Alguns peixes, como peixe-espada, cavala, tubarão e cação, são mais suscetíveis à contaminação por metais pesados e toxinas.
É melhor consumir peixes que tenham escamas e barbatanas, como arenque, salmão, pintado, bacalhau e atum, entre outros, pois as escamas funcionam como uma  barreira contra à absorção de toxinas.
Outro ponto a observar na hora da compra é quanto à conservação dos peixes. A atenção com a qualidade deve ser redobrada, pois esse é um produto de origem animal que se deteriora com muita facilidade.
Se for comprar peixe fresco, é importante estar atento em algumas características que ajudam perceber se o peixe está fresco ou não:

Odor
Quando fresco, o peixe cheira a maresia.

Corpo
Deve ser firme e brilhante. Quando está passando do ponto, a carne fica flácida. Faça o teste: pressione o peixe com os dedos. Se não ficarem marcas, significa que o peixe é fresco.

Olhos
Devem ser salientes, a córnea transparente e a pupila negra e brilhante.

Pele
Observe se está brilhante e com as escamas bem aderidas ao corpo. A cor da pele deve ser viva, homogênea e com alguns reflexos.

Do fundo do mar ou do rio
Os peixes de água doce, têm uma maior quantidade de gorduras ômega 6  e menor quantidade  em gorduras ômega 3. Algumas espécies são: truta, pacu, pintado e outros.
Os peixes de mar têm normalmente mais gorduras ômega 3 que os peixes de rio ou lago. Também apresentam maior teor de sódio.
A alimentação dos peixes de água salgada é mais rica em fontes naturais de ômega 3 como o zooplâncton e  algas marinhas. Algumas espécies: salmão, pescada,robalo,bacalhau, badejo, atum, sardinha.
A temperatura da água também parece influenciar no teor de ômega 3 dos peixes. Diferentes autores referem a maior riqueza em ômega 3 nos peixes de  águas mais frias e profundas. Esta maior riqueza em gorduras ômega 3 nos peixes de águas geladas  parece ser uma adaptação fisiológica para garantir a sua sobrevivência. As gorduras ômega 3 (em especial o EPA e o DHA), garantem uma maior flexibilidade das membranas, especialmente a temperaturas muito baixas.

Peixes "magros” e peixes "gordos”
O teor de gordura está diretamente relacionado com o tipo de peixe em questão. Há peixes que naturalmente são pobres em gordura (com menos que 2%), como a pescada e o linguado, há peixes meio-gordos (com um teor de gordura entre os 2 e os 8%) como o dourada ou o robalo , e os peixes gordos (com mais de 8% de gordura), como a sardinha e o salmão.  


Peixes de aquicultura ( cativeiro) 

O teor de ômega 3 destes peixes irá variar também com o tipo de gorduras presentes nas rações fornecidas. São utilizados diferentes óleos provenientes de outros peixes ou de óleos vegetais, como de soja ou de linhaça. Neste caso cada espécie, cultivada sob diferentes condições ambientais terá diferentes proporções de ácidos graxos essenciais, havendo espécies e culturas que terão níveis de ômega 3 mais elevados, enquanto outras possuem uma quantidade maior de gorduras  ômega 6.
Vale lembrar que atualmente estamos consumindo mais ômega 6  que o recomendado. O equilíbrio entre a ingestão dessas duas famílias de ômega é necessário para que não haja um aumento de citocinas inflamatórias com ação vasoconstritora e agregação plaquetária. Tudo isso está relacionado a ocorrência de doenças cardiovasculares, auto imunes e inflamatórias como a artrite, asma, psoríase, lúpus e colite ulcerativa.
É consenso científico de  que é necessário reduzir a quantidade de  ômega-6 da alimentação atual e aumentar a concentração de ômega-3. Como ponto central nas dietas do mundo ocidental é utilizado de forma excessiva os óleos vegetais (soja. milho, girassol) ricos em ômega-6, que se originam do processamento industrial de hidrogenação.


quinta-feira, 13 de março de 2014

O QUE AS PESSOAS DE DEFERENTES PAISES COMEM NUM DIA

O Site Hypeness publicou uma  matéria interessante, mostrando numa série fotográfica, o que as pessoas de diferentes países comem  diariamente. Agora, imagine comparar a sua foto com a de outras pessoas ao redor do mundo. É esse choque cultural que propõe o livro What I Eat: Around the World in 80 Diets, de Peter Menzel.
O autor e fotógrafo americano registrou os alimentos de 80 pessoas de 30 países diferentes, organizados pelo número total de calorias que cada pessoa costuma consumir num único dia.
O livro inicia com um pastor do Quênia que come 800 calorias/dia, principalmente na forma de mingau de farinha de milho, e termina com uma mãe britânica com transtorno de compulsão alimentar, que consegue comer até 12.300 calorias por dia.
Esta  curiosa série  fotográfica e reportagem investigativa mostra as complexas relações entre os indivíduos, cultura e comida.

Confira algumas fotos da galeria e veja mais...

Agricultora na China, 1900 calorias/dia
Costureira em Bangladesh, 1800 calorias/dia
Executivo no Cairo, 4000 calorias/dia

Motorista no Mississippi,EUA,5200 calorias/dia
 Estudante na China,2600 calorias/dia

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Brasil consome 14 agrotóxicos proibidos no mundo

O Brasil é maior importador de agrotóxicos do planeta.
 O professor Wanderlei Pignati, da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT),desenvolveu estudo e apontou que os brasileiros consomem 14 agrotóxicos proibidos no mundo. O Especialista indica que pelo menos 30% de 20 alimentos analisados não poderiam estar na mesa do brasileiro. 

Em 2013 foram consumidos um bilhão de litros de agrotóxicos no País , uma cota per capita de em média  5 litros por habitante e movimento de cerca de R$ 8 bilhões no ascendente mercado dos venenos.
Na lista dos proibidos em outros países estão ainda em uso no Brasil o Tricolfon, Cihexatina, Abamectina, Acefato, Carbofuran, Forato, Fosmete, Lactofen, Parationa Metílica e Thiram.

Não há um único brasileiro que não esteja consumindo agrotóxico. Somos mercado de escoamento do veneno recusado pelo resto do mundo”, diz o médico Guilherme Franco Netto, assessor de saúde ambiental da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).
O filme “O veneno está na mesa”, de Silvio Tendler, integra um conjunto de materiais elaborados pela Campanha Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, empreendimento lançado por inúmeras  entidades ligadas ao assunto, organizações da área da saúde e grupos de pesquisadores.

A ideia do filme é mostrar à população como estamos nos alimentando mal e perigosamente, por conta de um modelo agrário distorcido.
Assista o vídeo. 

Como você seleciona seus alimentos?






quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A intolerância alimentar nos aplicativos móveis

Atualmente as pessoas estão preocupadas com a qualidade de vida e muitas vezes isso envolve a investigação de intolerâncias ou alergias alimentares.Uma vez com o diagnóstico em mãos começa uma nova etapa de vida ou seja a readaptação da alimentação.
Nesta matéria, você confere alguns apps para quem possui intolerâncias e alergias alimentares.Já são dezenas de aplicativos  para as plataformas Android e IOS relacionados a intolerâncias e alergias alimentares, sendo a grande maioria em inglês e alguns em espanhol e poucos aplicativos em português. Mas mesmo para quem não domina o inglês, alguns apps são muito simples de usar e com a ajuda de um dicionário, eles podem ser muito úteis.
Muitos aplicativos são pagos e outros gratuitos, portanto, avalie se vale a pena ser baixado quando este for pago.
Confira algumas sugestões:

LACTOSE-FREE GUIDE  em inglês - aplicativo grátis
Aplicativo simples, mas com muita informação. Nele há um e-book para quem está começando a explorar o tema sobre intolerância a lactose , uma coleção de vídeos, artigos e notícias, tudo relacionado à intolerância à lactose.

LACTASE – em inglês - aplicativo pago
 Quem já não teve dúvidas sobre a quantidade correta de cápsulas de enzima lactase que devem ser tomadas para determinados tipos de alimentos? Este aplicativo auxilia definir a quantidade correta da enzima e evitar sintomas desagradáveis da intolerância. Para usá-lo é simples, basta inserir a quantidade de FCC da sua enzima ( a unidade utilizada pelo fabricante para especificar a quantidade de enzima de cada cápsula) e a quantidade de leite, sorvete e outros alimentos com lactose que você irá consumir. O aplicativo já calcula a quantidade de enzima para você.

FOOD INTOLERANCES – em inglês - aplicativo pago
Aplicativo bem completo, é uma ótima ferramenta para auxiliar todos que precisam seguir uma dieta de restrição devido a alergias ou intolerâncias alimentares. O app contém cerca de 700 alimentos que são comentados e apresentam indicações se o alimento contém lactose, proteína do leite, ovos, glúten, frutose, histamina e outros. Um dos aspectos interessantes é a graduação dos alimentos por cores. O verde é utilizado para alimentos que raramente provocariam algum tipo de sintoma. Já o vermelho, indica os alimentos que devem ser completamente evitados pelo intolerante ou alérgico.

NUTRIDATA NUTRIÇÃO E CALORIAS – em inglês e português - aplicativo pago
 Ele possui quatro bases de dados: portuguesa, brasileira, americana e inglesa. É possível pesquisar em qualquer uma delas. O outro destaque vai para os detalhes dos alimentos lácteos. Muitos  contém a quantidade de lactose, além de vários nutrientes como vitaminas, minerais, gorduras e aminoácidos.

GLUTEN FREE LIST –em inglês - aplicativo grátis
Este oferece informação sobre alimentos sem glúten, seus fabricantes e também permite  selecionar os alimentos por marcas.
Após baixar o aplicativo, ele poderá ser usado mesmo sem conexão com a internet.

GLUTEN FREE CHECKLIST –  em inglês- aplicativo pago
 É uma  ferramenta que irá auxiliar na compra mais eficiente de alimentos isentos de glúten e disponibiliza  mais de 1000 receitas  a qualquer hora.

VIAJAR SEM GLUTEN-  em espanhol  e inglês- aplicativo pago
Quando  viajamos  a preocupação é encontrar locais que tenham  alimentos sem glúten.Este aplicativo  informa os restaurantes, hotéis, alberges, campings que estão aptos a oferecer pratos sem glúten.
A pesquisa pode ser realizada através  do Google maps.