sábado, 11 de maio de 2013

O horário e a composição da refeição podem auxiliar na perda de peso


Para perder peso não é necessário regular apenas o que você come, mas também o horário e a composição  da refeição. Segundo um novo estudo, publicado em janeiro de 2013 , no International Journal of Obesity, o horário da refeição  é determinante para emagrecer.
Pesquisadores do Hospital Brigham and Women, em Boston, e da Universidade de Murcia, na Espanha analisaram 420 pessoas com sobrepeso e obesidade que seguiram um programa de 20 semanas para perder peso.
A equipe dividiu os participantes em dois grupos: os que almoçavam em horários mais cedo e os que comiam mais tarde. A refeição proposta tinha 40% do total de calorias diárias. O estudo descobriu que as pessoas que se alimentavam antes das 15h perderam 30% mais peso do que aqueles que almoçavam mais tarde.
Além de perder menos peso, e de forma mais lenta, as pessoas com hábito de almoçar mais tarde apresentaram menor sensibilidade à insulina, um fator de risco para o diabetes. O estudo também verificou que essas pessoas consumiam  menos calorias no café da manhã e costumavam não almoçar corretamente.
Os pesquisadores  ainda não sabem por que a perda de peso foi maior no grupo que almoçava antes das 15 horas , mas uma hipótese é que a glicose é processada de forma diferente dependendo da hora do dia. Outra teoria é que os horários das refeições podem afetar o sistema circadiano (relógio biológico do corpo), o que pode perturbar o bom funcionamento das células do fígado.
A coautora do estudo Marta Garaulet, salienta que  as  novas estratégias terapêuticas devem levar em conta, não só a ingestão de calorias e a distribuição de nutrientes, como é classicamente realizado, mas também o horário em que a alimentação é realizada.  Ela diz  ainda, que pode haver alguma verdade no velho ditado: "Tome café da manhã como rei, almoce como um príncipe e jante como um mendigo".

International Journal of Obesity (2013) 37, 604–611; doi:10.1038/ijo.2012.229; published online 29 January 2013


sexta-feira, 3 de maio de 2013

Ômega-3 prolonga anos de vida


Um novo estudo da Harvard School of Public Health (HSPH) e da Universidade de Washington, publicado em abril de 2013, mostrou  que  adultos (mais de 65 anos) com níveis sanguíneos elevados de ácidos graxos ômega-3 , pode ser capaz de reduzir o risco de mortalidade geral em até 27 por cento e seu risco de mortalidade por doença cardíaca em cerca de 35 por cento. Os pesquisadores descobriram também que estes adultos viviam, em média, 2,2 anos a mais do que aqueles com níveis mais baixos.
O estudo analisou  dados mensurados durante 16 anos de cerca de 2.700 norte-americanos com 65 anos ou mais  que participaram do Estudo de Saúde Cardiovascular (CHS). Os indivíduos vieram de quatro comunidades na Carolina do Norte, Califórnia, Maryland e Pensilvânia, e todos eram geralmente saudáveis . Inicialmente  e durante o estudo foi coletado sangue, passaram por exames físicos e testes de diagnóstico, e foram questionados sobre a sua saúde, histórico médico e estilo de vida.Ainda foi avaliado  os três tipos mais específicos de ômega-3,sendo os três ácidos graxos, tanto individualmente como combinados, associados com um risco significativamente menor de mortalidade.
O ácido docosahexanóico, ou DHA, foi mais fortemente relacionado ao menor risco de morte por doença arterial coronariana (40 por cento menor risco); a morte, especialmente por arritmia (uma perturbação elétrica do ritmo cardíaco) ( 45 por cento menor risco). Dos outros ácidos graxos medidos no sangue,  o ácido docosapentaenóico (DPA), foi mais fortemente associado com um menor risco de morte por acidente vascular cerebral, e o ácido eicosapentaenóico  EPA mais fortemente ligado a um menor risco de ataque cardíaco não fatal.
Quando os pesquisadores analisaram como ingestão dietética de ômega-3 os ácidos graxos relacionados com os níveis sangüíneos, o aumento mais acentuado dos níveis sanguíneos ocorreu quando a ingestão  atingiu cerca de 400 mg por dia. Portanto, os resultados sugerem que  a redução da mortalidade  por doenças  cardíacas ocorre com uma  ingestão de duas porções de peixe contendo ômega 3,por semana.
"Nossos resultados reforçam a importância de adequados níveis sanguíneos de ômega-3 para a saúde cardiovascular, e sugerem que esses benefícios pode realmente prolongar os anos de vida restante." conclui o pesquisador.
Os ácidos graxos ômega-3 são encontrados especialmente nos peixes de águas geladas como o salmão, atum, sardinha, arenque, truta, tilápia, anchova, cavala, bacalhau. É importante conferir a procedência do peixe devido a possibilidade de contaminação por mercúrio.
Se você não gostar de peixes não precisa ficar desprotegido, as cápsulas contendo ômega-3 são uma opção  e sempre procure orientação antes do consumo.
Outras fontes de ômega-3 são semente de linhaça, nozes, castanhas, azeite de oliva extra-virgem, algas marinhas,etc.

Fonte: Harvad University