Se você
costuma optar pelos azeites extravirgem por acreditar que eles sejam mais
puros, saborosos e saudáveis, é melhor tomar cuidado.
Uma
pesquisa feita pela Associação de Consumidores Proteste mostrou que a composição de alguns
produtos que levam o nome de azeite no rótulo é tão alterada que, na prática,
nem poderiam ser enquadrados nessa categoria.
Das marcas
de azeites testados, boa parte dos que
se dizem "extravirgem", na verdade, não passam de
"virgem" e alguns são até "lampantes",ou seja,
comercializados fora das especificações estabelecidas por lei.
A análise sensorial foi realizada em
laboratório reconhecido pelo Conselho Oleico Internacional (COI). Eles
avaliaram a qualidade das amostras quanto ao aroma, à textura e ao sabor
de acordo com parâmetros técnicos.
Foram
analisados diversos parâmetros físico-químicos para detectar possíveis
fraudes:
-Presença
de óleos refinados
-Adição
de óleos obtidos por extração com solventes
-Adição e
identificação de outros óleos e gorduras
-Adição de
outras gorduras vegetais
Na análise
sensorial, apenas oito marcas tinham qualidade de azeite extravirgem de acordo
com os especialistas. Outras sete marcas foram rebaixadas de extravirgem
para virgem e quatro marcas com problemas de fraude foram também consideradas,
pela análise sensorial, como azeites lampantes.
Mas qual é
a diferença entre os azeites extravirgem ,virgem e lampantes ?
A classificação
é feita pelo nível de acidez, que é determinado pela concentração de gorduras
saudáveis, como as poli e monoinsaturadas.
O azeite
extravirgem é o que possui acidez máxima até 1%. Além disso, ele também possui
sabor e odor mais acentuados e maior grau de pureza, por ter sido obtido da
primeira prensagem das azeitonas.
Para ter
essa característica, somente pode ser extraído a frio, sem passar por
qualquer processo térmico ou químico que altere sua composição natural.
O azeite do
tipo virgem tem acidez máxima até 1,5% e é extraído da segunda ou terceira prensagem
das azeitonas. Isso acarreta a perda do sabor.
O azeite
lampante tem acidez superior a 3,3%,
sendo impróprio para consumo e os produtores o submetem a processos de refinamento em altas temperaturas para reduzir a acidez, cor,cheiro, sabor e outros
constituintes como os antioxidantes. Não tem aroma nem sabor apurados e não
estão autorizados para venda.
O azeite é chamado lampante justamente porque,
antes da invenção da
eletricidade, era utilizado somente como combustível para iluminação.
Confira
lista dos azeites analisados no site www.proteste.com.br.