Os
brasileiros e os profissionais da saúde já podem utilizar uma tabela
nutricional Brasileira para saber a quantidade de vitamina K contida em 22
hortaliças produzidas no País.
Um estudo da
Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (Universidade de São Paulo) mostra
que os números encontrados em tabelas dos Estados Unidos têm diferenças
significativas de valores encontrados na produção brasileira.
A quantidade da vitamina K na acelga brasileira, por exemplo, chega a ser cinco
vezes menor do que a encontrada na hortaliça produzida nos Estados Unidos. A
diferença ocorre em razão do tipo de solo do cultivo, da quantidade de luz
recebida, dos dados pluviométricos e das estações do ano.
A química Simone Aparecida dos Santos Conceição Faria, autora da tese de
doutorado, explica que "a importância de mensurar os alimentos brasileiros
é fazer com que a prescrição de uma dieta rica em vitamina K no Brasil seja
feita da forma mais precisa possível".
As hortaliças de cor verde foram selecionadas para o estudo, por serem as
maiores fontes da vitamina. Apenas a alface crespa mostrou valores nutricionais
similares entre a produção norte-americana e a brasileira, as demais hortaliças
tiveram valores diferentes. No caso da alface americana e a rúcula, os valores
foram levemente superiores no Brasil, enquanto que o repolho verde e do brócolis comum, as
diferenças chegaram a ser três e quatro vezes maiores, respectivamente.
No sentido contrário, a salsa descrita na tabela norte-americana tem 1640
µg/100g, enquanto a brasileira apresentou cerca de 500 µg/100g. O espinafre
também apresentou uma concentração de vitamina K menor na amostra colhida no
Brasil: 375,01 µg/100g ante 482,90 µg/100g.
A vitamina
K é uma
vitamina presente na gordura dos alimentos especialmente de origem vegetal por
isso é uma vitamina lipossolúvel.Ela é usada pelo organismo para a síntese dos fatores responsáveis
pela coagulação sanguínea.
Os
fatores que interferem em sua absorção são: má absorção gastrintestinal, gastroenterites, ingestão insuficiente e uso de anticoagulantes,
antiobióticos entre outros.
Os
alimentos folhosos verde escuro,as oleaginosas e frutas como o kiwi, abacate,
uva, ameixa e figo contêm teores significantes de vitamina K, enquanto que os
cereais, grãos, pães e laticínios possuem teores discretos. A ingestão diária
de aproximadamente 1μg ( micrograma) por quilo de peso é considerada a mais
segura.
A pesquisadora destacou que além do papel
importante da vitamina K para regular a
coagulação sanguínea , estudos recentes apontam a atuação dela também na
prevenção da osteoporose. Também, o estudo favorece uma prescrição mais
criteriosa da dieta para idosos que fazem uso de antibióticos e anti-inflamatórios
para tratamento de trombose ou embolia pulmonar.
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