quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A tabela nutricional Brasileira para vitamina K

Os brasileiros e os profissionais da saúde já podem utilizar uma tabela nutricional Brasileira para saber a quantidade de vitamina K contida em 22 hortaliças produzidas no País.
Um estudo da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (Universidade de São Paulo) mostra que os números encontrados em tabelas dos Estados Unidos têm diferenças significativas de valores encontrados na produção brasileira.
A quantidade da vitamina K na acelga brasileira, por exemplo, chega a ser cinco vezes menor do que a encontrada na hortaliça produzida nos Estados Unidos. A diferença ocorre em razão do tipo de solo do cultivo, da quantidade de luz recebida, dos dados pluviométricos e das estações do ano.
A química Simone Aparecida dos Santos Conceição Faria, autora da tese de doutorado, explica que "a importância de mensurar os alimentos brasileiros é fazer com que a prescrição de uma dieta rica em vitamina K no Brasil seja feita da forma mais precisa possível". 
As hortaliças de cor verde foram selecionadas para o estudo, por serem as maiores fontes da vitamina. Apenas a alface crespa mostrou valores nutricionais similares entre a produção norte-americana e a brasileira, as demais hortaliças tiveram valores diferentes. No caso da alface americana e a rúcula, os valores foram levemente superiores no Brasil, enquanto que o  repolho verde e do brócolis comum, as diferenças chegaram a ser três e quatro vezes maiores, respectivamente.
No sentido contrário, a salsa descrita na tabela norte-americana tem 1640 µg/100g, enquanto a brasileira apresentou cerca de 500 µg/100g. O espinafre também apresentou uma concentração de vitamina K menor na amostra colhida no Brasil: 375,01 µg/100g ante 482,90 µg/100g.
A vitamina K é uma vitamina presente na gordura dos alimentos especialmente de origem vegetal por isso é uma vitamina  lipossolúvel.Ela é usada pelo organismo para a síntese dos fatores responsáveis pela coagulação sanguínea.

Os fatores que interferem em sua absorção são: má absorção gastrintestinal,  gastroenterites, ingestão insuficiente e uso de anticoagulantes, antiobióticos entre outros.
Os alimentos folhosos verde escuro,as oleaginosas e frutas como o kiwi, abacate, uva, ameixa e figo contêm teores significantes de vitamina K, enquanto que os cereais, grãos, pães e laticínios possuem teores discretos. A ingestão diária de aproximadamente 1μg ( micrograma) por quilo de peso é considerada a mais segura.
 A pesquisadora destacou que além do papel importante da  vitamina K para regular a coagulação sanguínea , estudos recentes apontam a atuação dela também na prevenção da osteoporose. Também, o estudo favorece uma prescrição mais criteriosa da dieta para idosos que fazem uso de antibióticos e anti-inflamatórios para tratamento de trombose ou embolia pulmonar.

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