Gordura abdominal aos 40 pode aumentar os riscos de demência na terceira idade

Pessoas que têm altos níveis de gordura abdominal aos 40 anos correm mais risco de apresentar demência aos 70 anos de idade, segundo pesquisa publicada na revista “Neurology”.

O estudo avaliou mais de 6 mil pessoas com idades entre 40 e 45 anos que residiam na Califórnia, medindo a gordura abdominal dos participantes. Após 35 anos, 16% deles foram diagnosticados com demência. E os pesquisadores descobriram que aqueles com os maiores níveis de gordura abdominal eram mais de três vezes mais propensos a desenvolver demência do que aqueles com os menores níveis. Segundo os autores, a gordura abdominal não causaria a doença, mas seria parte de um complexo conjunto de maus comportamentos com relação à saúde, que levariam à demência.

De acordo com a ABESO (Associação Brasileira de Estudos para Obesidade), a medida da circunferência abdominal considerada normal para mulheres é até 80 cm; enquanto para homens é até 94 cm.

Consumo de peixes na gestação torna bebês mais espertos

Uma alimentação rica em ômega-3, nutriente encontrado em peixes como o salmão, o atum e a sardinha, no final da gestação pode ajudar no desenvolvimento cerebral do bebê, segundo estudo publicado no “Journals of Pediatrics”.

Pesquisadores norte-americanos descobriram que, entre os 109 bebês acompanhados pelo estudo, aqueles que apresentavam maiores níveis de ácido docosahexaenóico, um tipo de ômega-3, no cordão umbilical no nascimento tinham melhor desempenho em testes de acuidade visual e memória aos seis e 11 meses de idade. Os especialistas recomendam, para as gestantes, a ingestão diária de 300 miligramas do ácido, principalmente no terceiro trimestre da gravidez, por causa do papel que ele cumpre no desenvolvimento cerebral.
leia mais sobre a notícia na Reuters Health (em inglês)

Páscoa: Anvisa dá dicas para uma alimentação saudável e segura

O consumo de chocolates e pescados aumenta significativamente durante a semana santa. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), só este ano serão produzidos mais de 100 milhões de ovos de páscoa, totalizando 26,4 mil toneladas de produtos de páscoa à base de chocolate.
No dia 17 de março,a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), lançou um site para divulgar informações que garantam uma alimentação saudável e segura desde o momento da compra até o preparo dos alimentos e dicas relacionadas ao consumo de chocolates e pescados.
O site apresenta também aspectos que os consumidores devem observar no local de venda e a maneira mais correta de armazenar esses produtos em casa.
Confira mais orientações no endereço:www.anvisa.gov.br/hotsite/alimentos/index.htm

Tomar café da manhã X obesidade na adolescência

Um novo estudo publicado na revista Pediatrics de março de 2008 indica que adolescentes que tomam o café da manhã regularmente têm uma dieta mais saudável e são fisicamente mais ativos durante toda a adolescência do que aqueles que simplesmente "pulam" o café da manhã.
No estudo, os investigadores analisaram os padrões de dieta e peso de um grupo de 2.216 adolescentes durante um período de cinco anos (1998 a 2004) das escolas públicas em Minneapolis-St. Paul, Minnesota.
Os pesquisadores verificaram que os adolescentes que ingeriram café da manhã regularmente ingeriram uma menor percentagem do total de calorias de gordura saturada e se alimentaram com mais fibras e carboidratos do que aqueles que evitaram a primeira refeição do dia. Ao longo do tempo, os cientistas descobriram que adolescentes que regularmente se alimentavam no café da manhã tendiam a ganhar menos peso e tinha um menor índice de massa corporal (IMC).
Os resultados sugerem que incentivar as crianças e adolescentes tomar o café da manhã e a diminuir o tempo de TV são formas importantes de lutar contra a obesidade na adolescência.
Segundo os autores, embora adolescentes possam pensar que evitar o café da manhã possa ser uma boa maneira de economizar calorias, as conclusões sugerem o oposto. Comer uma refeição saudável pode ajudar a evitar o excesso de alimentação dos adolescentes no fim do dia.
Fonte: Pediatrics, March 2008; vol 121

Adoçante: Mocinho ou vilão?

Uma pesquisa da Universidade de Purdue, em Indiana, nos Estados Unidos, concluiu que a sacarina, um tipo de adoçante, pode levar ao aumento de peso em ratos. O estudo foi divulgado por uma revista científica chamada "Behavioral Neuroscience" e reacendeu a velha polêmica em relação ao consumo de adoçantes.

No Brasil, Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres Diet e Light (Abiad) se pronunciou contra o estudo. "O adoçante é seguramente um dos produtos mais estudados e pesquisados na indústria e há muitos anos", afirma o presidente da entidade. Ele reitera que o uso dos produtos no país está respaldado legalmente e é fiscalizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A legislação brasileira divide os adoçantes (ou edulcorantes) em artificiais e naturais e estabelece limites máximos para o consumo de cada um deles. A Organização Mundial da Saúde (OMS) determina o consumo para os tipos mais conhecidos no mercado.

O valor diário de consumo permitido para cada substância deve ser multiplicado pelo peso do indivíduo. No caso da sacarina (citada na pesquisa), são consideradas limite 5 mg/kg, ou seja, uma pessoa com 55 quilos poderá ingerir, diariamente, 275 miligramas de sacarina.
Segundo o endocrinoligista Marcio Mancini presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), diz que “não podemos tirar uma conclusão baseada na pesquisa”.
O presidente da Abeso complementa dizendo que existe muito mito em torno do consumo de adoçante. "O único adoçante que tem uma dose máxima fácil de ser atingida é o ciclamato, que vem sendo retirado sistematicamente do mercado".Já em relação ao aspartame e à sacarina, as doses permitidas são muito elevadas. "Seriam necessárias dezenas de latas de refrigerante por dia para ter problema", garante. Ele acrescenta que os adoçantes naturais, como a estévia e a sucralose são seguros, mas ainda há necessidade de continuar os estudos.
O indicado é ter prudência na hora de consumir adoçantes , produtos light/diet e respeitar as doses recomendadas pela OMS conforme tabela abaixo.

Nome do Adoçante..........Limite
Sacarina...........................05 mg/Kg
Acessulfame-K.................15 mg/Kg
Aspartame.......................40 mg/Kg
Ciclamato........................11 mg/Kg
Frutose............................não existe limite
Estévia.............................5,5 mg/Kg
Sucralose..........................15 mg/Kg
Xylitol, Manitol, Sorbitol.15 mg/Kg
Alitame..............................01 mg/Kg
Glocosídeos de Estevio....02 mg/Kgl
Neotame............................02 mg/Kg(ainda não aprovado no Brasil)