sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Dez Alimentos Quimiopreventivos

O Movimento Outubro Rosa foi criado para conscientizar o público em geral, e principalmente as mulheres, dos fatores de risco, dos fatores de proteção e das medidas de detecção precoce relacionadas ao câncer de mama
Quatro de cada dez mulheres diagnosticadas com câncer de mama no Brasil vão morrer da doença. Esse é um dos índices mais altos do mundo, o dobro do registrado na Europa. Um dos principais motivos é a descoberta tardia da doença e a dificuldade de acesso ao tratamento.
Não existe uma causa única para o câncer de mama. A doença está relacionada a fatores de risco ambientais/comportamentais, reprodutivos/hormonais e genéticos/hereditários.
No entanto, estima-se que 30% dos casos da doença possam ser evitados quando são adotadas práticas saudáveis como: praticar atividade física regularmente, alimentar-se de forma saudável e com alimentos orgânicos; manter o peso corporal adequado e evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Amamentar também é um importante fator de proteção.
Todas as mulheres, independentemente da idade, podem conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. 
 Os principais sinais e sintomas são:
 • Caroço (nódulo), fixo, endurecido e geralmente indolor;
 • Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
 • Alterações no bico do peito (mamilo);
 • Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
 • Saída espontânea de líquido dos mamilos.
O amplo acesso da população a informações claras, consistentes e culturalmente apropriadas deve ser incentivado. 

 Conheça as ações de controle do câncer de mama em www.inca.gov.br/mama.

Como a alimentação pode prevenir o câncer?


Substâncias bioativas
   Alimentos quimiopreventivos
Compostos organosulfúricos

Cebolas, alho, alho poro, cebolinha
Isoflavonas
Soja, tofu, bebida de soja
Quercetina
Cebola, uvas vermelhas, frutas cítricas
Crucíferas
Repolho, brócolis, couve-flor, couve de Bruxelas, rabanete, agrião, couve
EPA e DHA
Óleos de peixe, sardinha, salmão,truta, atum
Resveratrol (Polifenóis)
Uvas, suco de uva integral, vinho tinto
β-Caroteno
Frutas cítricas, cenoura, abóbora
Catequinas
Chá verde, chá preto, cacau
Gingerol
Gengibre
Licopeno
Tomate,melancia,morango,acerola

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Os benefícios da Beterraba

A beterraba é uma raiz vegetal, cientificamente conhecida como Beta vulgaris. É também conhecida como beterraba vermelha, beterraba jardim ousimplesmente beterraba. Estas raízes  são uma grande fonte de fibra, ácido fólico (vitamina B9), potássio, ferro e vitamina C.
A beterraba crua e o suco de beterraba estão associados a vários benefícios à saúde, incluindo a melhora do fluxo sanguíneo, dos níveis de pressão arterial e  no desempenho durante o exercício físico. Muitos destes benefícios para a saúde são devidos ao alto teor de nitratos inorgânicos.
Existem  diferentes espécies de beterraba, muitos dos quais se distinguem pela sua cor- amarelo, branco, rosa ou roxo escuro. As beterrabas apresentam principalmente  água (87%) , carboidrato (8 %) e fibra (2-3 %).

Carboidratos
As beterrabas são constituídas por cerca de 60% a 70 % de carboidratos . Os açúcares simples , como glicose e frutose , compõem 70% dos carboidratos em beterrabas cruas, e 80% em beterrabas cozidas. 
A carga de glicemia da beterraba( medida para saber a velocidade se os níveis de açúcar se elevam no sangue após uma refeição) é baixa. Isto significa que não ocasiona um grande efeito sobre os níveis de açúcar sanguíneos.

Fibras
As beterrabas são ricas em fibras,  correspondem por 17% a 25 % do seu peso seco. A fibra dietética é importante no funcionamento intestinal e tem associação com a diminuição do risco de várias outras doenças.

Vitaminas e Minerais
As beterrabas são uma grande fonte de vitaminas e minerais essenciais:
Acido fólico (vitamina B9): uma das vitaminas do complexo B, importante para o crescimento dos tecidos e função das células. É particularmente importante para as gestantes.
Potássio: uma dieta rica em potássio pode reduzir o nível da pressão arterial e tem efeitos positivos na saúde cardiovascular.
Ferro: mineral essencial necessário no transporte de oxigênio para os glóbulos vermelhos.
Vitamina C: é um  antioxidante importante para a função imunológica e na saúde da pele.

Fito nutrientes
Os fito nutrientes são substâncias naturais das plantas com efeitos benéficos em seres humanos. Abaixo estão os principais fito nutrientes das beterrabas:
- Betanina:  é o pigmento mais comum em beterrabas, responsável por sua cor vermelha intensa, importante para a pele.
- Nitrato Inorgânico: Encontrado em quantidades generosas em vegetais de folhas verdes, beterraba crua e suco de beterraba. No corpo, pode transformar-se em óxido nítrico, fundamental na flexibilidade dos vasos sanguíneos.
Os nitratos dietéticos da beterraba, podem ser convertidos num mensageiro, uma molécula biológica chamada óxido nítrico, que viaja através das paredes da artéria, enviando sinais de relaxamento  para as células  musculares das artérias. Quando estas células minúsculas relaxam, os nossos vasos sanguíneos dilatam e a pressão arterial diminui.
Muitos estudos sugerem que os nitratos podem melhorar o desempenho físico, especialmente durante a carga  de alta intensidade dos exercícios de resistência. Os nitratos dietéticos apresentam um potencial de redução do consumo de oxigênio durante o exercício físico.
O consumo de beterraba pode melhorar o desempenho na corrida e ciclismo, aumenta a resistência, melhora o uso de oxigênio e leva a um melhor desempenho físico global.

Alerta
As beterrabas são geralmente bem toleradas, exceto para as pessoas  propensas a cálculos renais(pedras nos rins). As beterrabas podem conter níveis elevados de oxalatos, que podem contribuir para a formação de cálculos. Oxalatos também têm propriedades antinutricionais, isto significa que eles podem interferir na absorção de alguns micronutrientes.
O consumo de beterraba pode deixar a urina rosa / vermelho , o que é inofensivo, mas muitas vezes confundida com sangue.


quarta-feira, 12 de agosto de 2015

FODMAPs

Problemas com o funcionamento intestinal, gases,  inchaço e desconforto abdominal, borborigmos (aqueles sons embaraçosos vindos da barriga) e  dor do tipo cólica. Pelo menos um em cada cinco brasileiros refere tais queixas. Quem apresenta esse quadro sabe do que estou falando, e de como a vida poderia ser bem melhor sem esses sintomas.
As  situações que podem estar relacionadas aos sintomas acima são: síndrome do intestino irritável, doenças inflamatórias do intestino,distúrbios relacionados ao glúten e a lactose, intolerância a alimentos e outros.Sendo assim, a conduta adequada é investigar o que realmente está acontecendo e muitas vezes a estratégia é o controle dos FODMAPs.

O são é FODMAPs?
É a sigla paraFermentáveis,Oligossacarídeos,Dissacarídeos,Monossacarídeos e Polióis que  encontram-se numa grande variedade de alimentos que são dificilmente absorvidos pelo intestino delgado. Estes hidratos de carbono mal absorvidos são por sua vez fermentados por bactérias do intestino, produzindo muitos gases. 
Segue abaixo tabela com resumo de alimentos ricos e pobres em FODMAPs , com adaptações para população brasileira:
Frutas Ricas em FODMAPs
Maçã, pera, pêssego, manga, melancia, nectarina, cereja, abacate,sucos naturais, frutas secas, mel, frutose
Frutas pobres em FODMAPs
Banana, carambola,  abacaxi, melão, kiwi, limão, lima, laranja, tangerina, morango, maracujá
Laticínios Ricos em FODMAPs
Leite de vaca, cabra ou ovelha, sorvete, iogurte (mesmo desnatado), queijo fresco e cremoso (ricota, cottage, cream cheese, minas frescal)
Laticínios Pobres em FODMAPs
Leite sem lactose, iogurte sem lactose, leite de soja, leite de arroz ou amêndoa, manteiga e queijos curados, como cheddar, parmesão, brie ou camembert
Hortaliças e Leguminosas Ricas em FODMAPs
Alcachofra, aspargo, beterraba, brócolis, couve, alho, alho-poró, quiabo, cebola, couve-flor, ervilha, grão de bico, feijão, lentilha
Hortaliças e Leguminosas Pobres em FODMAPs
Broto de bambu, cenoura, aipo, milho, berinjela, alface, cebolinha, pepino, abóbora, abobrinha, alface, tomate, espinafre, batata, batata doce
Cereais e Massas Ricos em FODMAPs
Pães, bolos, biscoitos ou cereais contendo trigo e centeio e cereais com xarope de milho
Cereais e Massas Pobres em FODMAPs
Farinhas sem glúten ( farinha de arroz, polvilho, farinha de milho,farinha de quinoa, farinha de mandioca ), pães, macarrão e biscoitos sem glúten, mandioca, fécula de batata, quinoa integral ou flocos, arroz, tapioca, macarrão de arroz
Carnes ( são pobres em FODMAPs )
Carne de gado, peixes,carne de frango, vísceras
Considerações importantes:
-Estudos recentes comprovam que as queixas de sintomas gastrointestinais diminuem para quase metade, quando há o monitoramento de FODMAPs.
- A adequação da alimentação é indispensável para evitar a recidiva do problema.
- Há necessidade da recomposição da microbiota intestinal, para restauração de tecidos e da absorção de nutrientes.
Fontes: SBNPE-Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Os melhores antibióticos naturais


Previna-se e inclua sempre na alimentação, principalmente nesta estação fria.

fonte:EcoPortal.net

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Alimentos Anti-inflamatórios

O estilo de vida atual, está contribuindo para aumentar problemas de saúde como artrite, obesidade, doenças inflamatórias do intestino, fibromialgias e ocasionando um quadro inflamatório.
O caminho é buscar  alternativas para desinflamar, sendo  de relevante importância o consumo de alimentos com estas propriedades.
Um estudo realizado em 2014, mostrou que os participantes que concordaram  seguir uma dieta anti-inflamatória, todos encontraram alivio nas dores habituais, o que fez reduzirem boa parte dos medicamentos.
Confira a seguir os 15 alimentos considerados mais anti-inflamatórios ( folhas verdes, crucíferas, aipo,beterraba, brócolis, frutas roxas, abacaxi,salmão,caldo preparado com osso e cartilagem animal, nozes e castanha,açafrão, óleo de coco extravirgem, semente de linhaça, semente de chia e gengibre.

Fonte: Food is medicine

terça-feira, 28 de abril de 2015

Dieta, Depressão e Bactérias

O  trato gastrointestinal está chamando a atenção mundialmente e, recentemente, foi nomeado como o segundo cérebro. Laboratórios de todo o mundo estão mapeando o caminho de informação bidirecional entre esses dois órgãos como eixo intestino-cérebro
Recente estudo de 2015, mostrou a influência do intestino sobre uma vasta gama de coisas, da saciedade e obesidade ,ao humor e ansiedade. Mesmo a maneira como reagimos ao estresse não é mais considerada como de domínio do cérebro.
O mais recente capítulo dessa história introduz a comunidade bacteriana que vive em nosso intestino. O microbioma (o nome dado a estas bactérias) parece ser um jogador-chave na modulação da química cerebral e, consequentemente, do humor.
Seu microbioma é determinado pela idade, genética, geografia, medicamentos, estresse e talvez o mais importante, pela dieta. Aparentemente, nós nunca comemos sozinhos. Quando nos alimentamos, também estamos servindo às colônias bacterianas em nosso intestino. Sua alimentação define que tipos de bactérias prosperam. Estamos apenas começando a apreciar as consequências para a saúde a partir de específicos perfis de microbioma.
Usando uma variedade de intervenções, incluindo dieta, antibióticos, probióticos e transplante fecal, os pesquisadores começam a entender como essas bactérias intestinais afetam o humor. Dois mecanismos têm dominado grande parte dessa pesquisa, a serotonina e  a inflamação.
A serotonina, um mensageiro químico conhecido no cérebro, é o alvo de toda uma classe de antidepressivos (Prozac, Zoloft, Celexa). Acontece que a grande maioria da nossa serotonina está localizada no intestino, não no cérebro. O corpo fabrica esse importante regulador de humor a partir do triptofano, um aminoácido das proteínas alimentares. Devido às bactérias intestinais poderem determinar o quanto de triptofano é absorvido, elas têm um efeito poderoso sobre o nível de serotonina que é determinante crítico do humor.
Os cientistas demonstraram que dietas ricas em gorduras saturadas e carboidratos refinados desencadeiam mudanças nas bactérias intestinais associadas com inflamação crônica sistêmica. Esse estado inflamatório de longa data tem sido identificado como um fator causal na depressão.
Certos probióticos têm demonstrado exercer efeitos antidepressivos em modelos animais e seres humanos. Esses suplementos dietéticos, às vezes chamados de psicobióticos, contêm micróbios vivos que podem fornecer a próxima geração de antidepressivos.
Numa série de experiências, Bravo et al. demonstraram que Lactobacilli reduziu os níveis de cortisol induzidos pelo estresse e comportamentos relacionados à depressão em animais. Quando foi cortado o nervo vago, esse efeito foi eliminado. Isso proporcionou a primeira identificação do percurso de tal comunicação a partir do intestino para o cérebro.
Ainda temos muito a aprender. A determinação clara de quais perfis de microbiomas são consistentemente associados com a depressão e a melhor intervenção psicobiótica ainda não foi alcançada. Mas esse dia não está longe.
A implicação é que o cérebro pode ser confuso, mas o trato gastrointestinal sabe.
 A ciência, a fortaleza da racionalidade, está demonstrando o que os poetas sempre souberam. Se você procurar a verdade, os sentimentos muitas vezes vencem os pensamentos.

Artigo traduzido por Essential Nutrition
Autora: Paul Spector


segunda-feira, 23 de março de 2015

O futuro é de velhos, gordos, inférteis e doentes

O biólogo francês Jean-François Bouvet está chamando a atenção internacional com um livro recém-lançado na França, Mutants: à quoi ressembleronsnous demain? (Mutantes: como seremos amanhã?).
Nele, o professor da Universidade Claude Bernard, Lyon, após dez anos de pesquisa em neurobiologia, retoma a tese de que as modificações ambientais produzidas pelo homem, desde a Revolução Industrial, estão causando uma transformação inédita na espécie maior que a seleção natural . “O homem provocou um Big Bang químico que agora age sobre ele”.
 Velho, gordo, mais alto , infértil e doente - esse é o retrato do ser humano atual e do seu futuro.
 De acordo com a pesquisa, a altura dos franceses aumentou quase cinco centímetros nos últimos 30 anos, mas, em compensação, mais de 15% da população adulta se tornou obesa. Ao mesmo tempo, atualmente uma entre quatro meninas afroamericanas entra na puberdade por volta dos 7 anos. E, em meio século, a concentração de espermatozoides diminuiu 40% nos homens de todo o planeta, sendo acompanhada por uma diminuição das taxas de testosterona( hormônio da sexualidade masculina).
A flora intestinal também vem se modificando devido à ingestão de novos alimentos, nos tornando inaptos a assimilar os alimentos antigos, o que gera inúmeras alergias.
Outra estatística alarmante é o número de casos de Alzheimer.Só na França a previsão é de que haverá 2 milhões de doentes até 2020.
Pouco otimista, Bouvet acredita que O Homo sapiens (Homem sábio) estaria virando Homo perturbatus (Homem perturbado). Nesse sentido, não  parece ilegítimo falar de “retroevolução”, porque se trata de uma evolução para trás, um tipo de feedback.

Mutação química
Há um fenômeno global em que o homem inventa novas moléculas e faz isso tão rapidamente que não há tempo para estudos sérios sobre seu impacto. Elas são logo colocadas no mercado e, só depois, percebemos que são perigosas. Estamos falando de coisas como herbicidas, pesticidas ,fungicidas, os parabenos , os ftalatos e Bisfenol A que jogamos no ambiente sem parar. Uma pesquisa de 2012 com cerca de 4000 americanos mostra  que mais de 95% dos adultos apresentam o Bisfenol A na  urina e um terço das mulheres e 30% dos homens são obesos.
 Essa substância está presente principalmente em embalagens de plástico feito de policarbonato e no revestimento interno de latas de alumínio, como as de refrigerante, por exemplo. Uma vez no organismo, o Bisfenol A (BPA) imita a ação do estrogênio, um hormônio sexual feminino, interferindo diretamente no funcionamento de algumas glândulas endócrinas, podendo também aumentar ou diminuir a ação de vários hormônios. O bisfenol A vem sendo associado a alguns tipos de câncer, como o de mama, além de problemas de reprodução, obesidade, puberdade precoce e doenças cardíacas. 
O Ministério da Saúde registrou 8 mil casos de intoxicação por agrotóxicos no Brasil em 2011. Entre os trabalhadores rurais, os dados apontam que um número cada vez maior de mulheres estão sendo afetadas pelo produto, embora existam mais notificações sobre a intoxicação de homens.
Sempre que possível, escolha alimentos orgânicos, beba muito liquido e faça desintoxicação do organismo.
Podemos reduzir a ingestão do Bisfenol A evitando brinquedos plásticos, mamadeiras, embalagens de plástico para alimentos e bebidas que tenham o símbolo ‘PC’, que significa policarbonato, ou cujo símbolo de reciclagem leve os números 3 ou 7, que indicam a presença do BPA.


sexta-feira, 6 de março de 2015

Micotoxinas: o perigo oculto nos alimentos

No panorama atual mundial é crescente a preocupação  com a segurança alimentar,o uso de agrotóxicos, conservantes e a qualidade dos alimentos que chegam à mesa.
Os alimentos são frequentemente sujeitos à contaminação por microorganismos  e suas toxinas em todas as fases de seu processamento. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as toxinas têm se caracterizado como uma das principais causas de doenças de origem alimentar.
As toxinas ou  micotoxinas são metabolitos tóxicos  produzidos por alguns fungos filamentosos que podem surgir a partir de fatores biológicos ou ambientais, na colheita, armazenagem e distribuição dos alimentos, dependendo das condições de umidade, temperatura e da presença de oxigênio.
As toxinas  mais relevantes para a segurança sanitária de alimentos são as aflatoxinas, a ocratoxina A, a zearalenona , a patulina, dentre outras.
As aflatoxinas são encontradas como contaminantes em:
– Amendoim, Nozes, Castanhas,Amêndoas,Milho, Centeio, Cevada, Sorgo, Trigo, Aveia, Arroz,Feijão, Frutas secas e no Leite.
As ocratoxinas são encontradas em alimentos como:
– Milho, Cevada, Centeio, Trigo, Aveia, Suco  de uvas e Vinhos, Carne suína e embutidos.
A zearalenona  pode estar presente em:
- Milho, cevada  , malte.  Centeio, Aveia, Arroz Banana, nozes, Soja e na Cerveja.
É fundamental ressaltar que a ação do cozimento, mesmo em altas temperaturas, não destrói as toxinas já presentes nos alimentos.

Toxicidade
A exposição crônica em baixas doses poderá levar a anorexia, retardo do crescimento, imunotoxicidade,reprodução prejudicada e baixo desenvolvimento resultante de toxicidade materna.
Também ocorrem alterações na resposta imune inata e na microbiota(flora intestinal).
Casos mais graves de exposição as micotoxinas, como câncer de fígado e  câncer mamário,  estão relatados na revista Nature, vol516 de 04/12/2014.

Cuidados
É  preciso tomar cuidado ao comprar alimentos principalmente os que não são submetidos à fiscalização sanitária.
Dê preferência aos alimentos da época, provenientes de pequenos produtores, pois tem menor tempo de estocagem evitando assim  o desenvolvimento de fungos e toxinas.
Na sua casa, guarde os alimentos em lugar seco,limpo, evite a estocagem de grandes quantidades e sempre observe o tempo de validade de cada produto.
Também é importante consumir alimentos com  selo de qualidade como o fornecido pela ABICAB( Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Derivados).

 Regulação brasileira
Os alimentos comercializados no Brasil devem respeitar um limite máximo para a presença de micotoxinas, de acordo com a Resolução RDC 07/2011, publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A norma da agência estabelece limite para 14 categorias de alimentos, como leite e produtos lácteos, sucos de maçã e uva, dentre outros. 

A resolução, no entanto, terá sua implementação plena em 2016 .  Confira na integra a resolução RDC 07/2011 - www.anvisa.com.br

Fontes:

Universidade Federal de Lavras
Food Control (2013) -87-92
Micotoxinas em Alimentos- Scussel, Vlides Maria
Anvisa