quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Grãos Antidepressivos

A Nutrição cada vez mais vai em busca de descobertas que comprovam os benefícios dos alimentos em nossa saúde. Há inúmeros trabalhos científicos que demonstram a relação entre determinados nutrientes e as sensações de bem estar, tranqüilidade e controle emocional . Esta relação consiste no aumento da produção de neurotransmissores, principalmente a serotonina, responsável pela comunicação entre as células nervosas e a promoção de sensações agradáveis, encontrada em certos alimentos.
Claro que para se obter estes efeitos e o bom humor a partir da alimentação, deve-se ter frequência (comê-los diariamente), ter equilíbrio em todos o restante do consumo alimentar e respeitar as quantidades que cada organismo necessita para funcionar de forma saudável e responder com estas sensações.
Nesta matéria o destaque será para os grãos:

AVEIA
Um cereal que contém altas doses de triptofano, aminoácido que atua na produção de serotonina, responsável pelo bem-estar.
O consumo regular de aveia, além de combater a ansiedade, regula os níveis sanguineos de colesterol e triglicerideos
O aumento dos níveis cerebrais de serotonina com suplementos de triptofano alivia os sintomas de depressão, insônia e TPM.
A aveia pode ser adicionada no leite, nas frutas, em sopas, no feijão e na preparação de pãe
s.


GRÃO-DE-BICO
Rico em triptofano, é uma maravilha na produção de serotonina e no alivio dos sintomas da menopausa.
No Oriente Médio, o grão-de-bico é muito usado para fazer uma pasta chamada "homus", a qual produz sensação de bem-estar e até de felicidade, segundo um estudo de pesquisadores israelenses.
O triptofano, presente no grão-de-bico, é responsável pela liberação de serotonina. Ele é usado pela farmacologia moderna para produzir antidepressivos.
Além disto este alimento contêm magnésio, que também promove relaxamento, diminui ansiedade e estresse.
O preparo do grão-de-bico é similar ao do feijão e da lentilha. Ele também pode ser adicionado em refogados com legumes.

QUINUA

É um grão nativo dos Andes cultivado nos altiplanos e vales altos da Bolívia.
O principal mérito da Quinua é devido ao seu valor protéico. As sementes contêm 23% de proteínas e grande quantidade de vitaminas, tais como B1, B2, B3, B6, C e E. É rica também em minerais como o ferro (9,5 mg/100 g), o fósforo (286 mg/100 g) e o cálcio (112 mg/100 g). Da mesma forma, o valor calórico está calculado em 350 Cal/100gr. A composição de aminoácidos , em especial o triptofano e a lisina, confere à planta um elevado valor biológico.
A lisina, assim como o triptofano, são nutrientes relacionados ao desenvolvimento da inteligência, da rapidez de reflexos e de outras funções como a memória e a aprendizagem.
A quinua pode ser encontrada sob a forma de flocos, grãos e farinhas, além de derivados como macarrão e barras energéticas.
Os grãos podem ser incorporados em saladas, bolinhos com legumes ou cozidos da mesma forma que o arroz.
Já os flocos podem ser consumidos, principalmente, nas preparações do café da manhã, acompanhando frutas, leite e iogurtes.
As farinhas podem fazer parte das receitas de massas, pães, bolos e tortas.

Além do triptofano, os nutrientes que favorecem o bom humor são: ácido fólico, potássio, vitamina C, cálcio, vitaminas do complexo B, magnésio, selênio e o óleo ômega 3. Eles são essenciais e contribuem para o bem estar, a sensação de relaxamento, de felicidade e tranquilidade que a
maioria das pessoas hoje em dia tanto busca.


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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Colágeno: para a saúde e a beleza

Os cuidados com o corpo são intensificados nesta época do ano pelo fato de estar mais exposto. Atualmente muitos nutrientes, dentre eles o colágeno, são utilizados com grandes benefícios.
O colágeno representa cerca de 25% de toda proteína do organismo humano. Sua função é estrutural, ou seja, proporciona sustentação às células, mantendo-as unidas, sendo o principal componente protéico de órgãos como a pele, ossos, cartilagens, ligamentos e tendões.
O colágeno é produzido normalmente no nosso organismo desde que nascemos. Contudo, quando entramos na fase da maturidade, sua deficiência começa a ser notada, com a diminuição da elasticidade da pele, o aparecimento de rugas e o aumento da fragilidade articular e óssea.
Estudos mostram que a partir dos 30 anos, o corpo sofre uma perda anual de colágeno por volta de 1%, e aos 50, passa a produzir apenas em torno de 35% do colágeno necessário para os órgãos de sustentação.
Supõe-se que esta seja uma das principais causas do envelhecimento, uma vez que com a diminuição do colágeno os músculos ficam flácidos, a densidade dos ossos diminui, as articulações e ligamentos perdem sua elasticidade e força, e a cartilagem que envolve as articulações fica frágil e porosa.
A deficiência de colágeno está também associada com a diminuição da espessura do fio capilar e com a desidratação e perda de elasticidade da pele, culminando em flacidez e no aparecimento de rugas e estrias.



Menopausa X perda de colágeno


As mulheres são as que mais sofrem com a perda de colágeno, pois apresentam uma quantidade menor desta proteína no corpo, comparativamente aos homens. Além disso, a deficiência de estrogênio que ocorre no sexo feminino por volta dos 45-50 anos faz com que haja uma diminuição da quantidade de fibroblastos, células responsáveis pela produção do colágeno, que junto com outra proteína, a elastina, compõem a trama de sustentação da pele.
Toda essa mudança provoca a redução do fluxo de sangue pelos vasos e leva a uma menor capacidade de retenção de água pelas células, além de desacelerar a atividade das glândulas sebáceas e sudoríparas, que produzem a oleosidade que protege a pele como um filtro natural.
Sem a mesma irrigação e hidratação a pele fica seca, enrugada e flácida, quebradiça, fina e muito mais sensível a escoriações e aos efeitos da exposição solar.


É possível repor o colágeno perdido?


Os alimentos de origem animal, tais como as carnes, principalmente as vermelhas, são excelentes fontes de proteínas e colágeno. Entretanto, somente a alimentação não é capaz de fornecer a quantidade ideal dessa proteína que nosso organismo necessita a partir dos 30-40 anos. É aí que entra a suplementação.
Estudos conduzidos em renomadas instituições de pesquisa estão mostrando que o uso diário de colágeno hidrolisado é capaz de estimular a produção do colágeno natural, que perdemos com o passar do tempo. Por isso, a reposição com colágeno alimentício, está surgindo como uma nova ferramenta para tratamentos de osteoartrites e manutenção da estética e beleza.
De acordo com pesquisadores da Unicamp, o colágeno hidrolisado permite que o nosso organismo mantenha uma quantidade de massa muscular adequada, ajudando o organismo a utilizar eficientemente suas reservas lipídicas e de açúcar. Além disso, o colágeno é um eficiente aliado contra processos de flacidez tecidual e quando aliado a atividade física torna-se uma excelente fonte protéica capaz que sintetizar massa magra, mantendo assim o aspecto jovial do nosso corpo.


Reposição de colágeno x saúde da pele


Uma investigação clínica do Medcin Instituto da Pele avaliou a firmeza, elasticidade e hidratação da pele, como conseqüência da ingestão de colágeno hidrolisado. O estudo contou com a participação de três grupos de 20 voluntárias cada, com idade entre 35 e 60 anos, que tomaram uma dose diária de uma bebida contendo 2g ou 5g de colágeno hidrolisado. O terceiro grupo recebeu uma bebida contendo carboidrato no lugar do colágeno hidrolisado.
As avaliações foram conduzidas em dois períodos: no início do estudo e após 60 dias, durante os quais o produto foi ingerido uma vez ao dia. Os resultados mostraram que as mulheres que consumiram 2g de colágeno ao dia tiveram um aumento de 4,2% na firmeza e 8,5% na elasticidade da pele, enquanto que aquelas que consumiram 5g ao dia tiveram um aumento de 17% na hidratação, 5,5% na firmeza e 10% na elasticidade da pele.


Alimentos à base de colágeno


O colágeno hidrolisado é reconhecido como um ingrediente alimentício pelo Ministério da Saúde e pelo FDA, órgão que regulamenta alimentos e bebidas nos EUA, e, atualmente, já é possível observar no mercado alguns alimentos enriquecidos com essa proteína.
O colágeno em pó com sabor, de algumas marcas, além de conter os nutrientes com função antioxidante, contém vitaminas A, C, E e Zinco, que agem contra a formação de radicais livres que provocam danos às células, favorecendo o envelhecimento.
Outros alimento à base de soja, além de proteínas da soja, são enriquecidos com o colágeno hidrolisado, visando proporcionar às mulheres na fase da menopausa uma suplementação dessa proteína tão importante para a preservação da saúde óssea, articular e da pele.


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